quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Foi?

Triste
Foi teimosia?
Derreteu como cubo de gelo ,caiu aos meus pés e se desfez
Acho que foi minha a ilusão e agora desmacarada.
Tempo perdido e não esquecido.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Oliveira do meu quintal

Raízes agarradas na profundidade
Sustentas tronco largo irregular,
Denunciando séculos que por ti passaram.
Foste abanada, varejada e até serrada
Se choraste, não te ouviram
Teus frutos, dás a quem os apanhe.
Pisados e bem apertados dão o óleo que casas e templos Iluminam.
Dás alimento a quem trabalha
Das sementes e dos ramos outras filhas brotarão
És lenha para aquecer o lar e o coração
Tantos contos terás para contar
A quem à tua sombra se sentar.
Nos teus ramos quantos passarinhos pousam, cantam e seus filhotes criam
Hoje estás despida das tuas folhas para mais tarde te engalanares e teu ciclo continuares.
Dizem que és a árvore do meu dia
Que para ti agora olho Oliveira e quero aceitar a paz que transmites
No silêncio dos dias que passam correndo, sem por eles se dar conta
Eu irei e tu ficarás, para mais histórias ouvires e contares a outros, que se seguirão.
Séculos e Séculos de resistência sem guerras, para exemplo dares ao Homem
Que teima em não aprender a lição.

Pensando em 09 Fevereiro de 2010
(Clementina Gaspar)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

- Porque foi assim?

Até ao infinito meus pés arrastarei
incomodada sigo cansada, galgando por montes e vales,
debaixo de nuvens escuras que carregam os sonhos perdidos,
de uma vida passada na esperança e com a esperança desfeita,
o vazio incomodo que teima em ficar.
Sento-me na pedra fria, minha alma gela e pára.
Pára para não continuar a perguntar:
- Porque foi assim?

(divagando 08/02/2010 Clementina Gaspar)