terça-feira, 17 de abril de 2012

Achei lindo

O Artesanato faz parte de mim e da minha vida.
Desde muito pequena que tenho gosto por fazer pequenas coisas. Sou uma autodidacta naquilo que faço e o pouco que aprendi com professores não o coloquei em prática.
Aprendi durante um ano a trabalhar com ourivesaria em estanho, que amei pois pude dar largas às possibilidades que a maleabilidade do estanho nos ´dá. Não continuei porque ganhei alergia aos produtos químicos usados para trabalhar com a solda. Mas gostei muito do trabalho. Nessa altura fui convidada para trabalhar com a prata, mas não me achei com capacidade para tal.
Nesse mesmo ano iniciei também a pintura em chacota de azulejo, com uma professora que foi pintora da fabrica de azulejos Sant'Anna, que por sinal, fica aqui próximo de casa. Foi uma das coisas que mais gostei de fazer mas que nessa altura não tive possibilidades de continuar por motivos familiares e logísticos.
Todo o resto que fiz e  faço aprendi por mim própria.
Passo muito tempo, net fora, admirando trabalhos de outros.
Dou muito valor ao trabalho de outros, talvez por saber entender o trabalho que as coisas dão para se efectuarem, por também fazer algumas coisas.
Hoje estava a ver um blogue do qual sou seguidora há um tempinho, o Calma que estou com pressa quando dei conta estava no Flick a ver as fotos de outra artesã, esta espanhola. "Sisquei" de um lado "sisquei" do outro até encontrar o blogue dela.


http://fabicontusmanos.blogspot.pt/2012/03/combinacion-de-zentangle-y-arcilla.html

Bem!.... fiquei encantada com tanta coisa linda que por lá vi e resolvi deixar aqui a ligação para poderem  conhecer este cantinho que achei lindo.
O endereço acompanha a foto na legenda

O sentido de belo é diferente de pessoa para pessoa, aquilo que eu gosto e acho belo, outros podem não o sentir assim.

Fico por aqui, já dei a conhecer mais um pouquinho de mim e de outros, volto outra hora.
Tudo de bom para todos, sejam felizes e façam alguém feliz, por minha parte eu estou tentando isso.

domingo, 15 de abril de 2012

Os cheiros ficam na nossa memória

Na continuação do post anterior, deixo aqui alguns paragrafos que escrevi no trabalho que fiz e que talves tenha sido uma das melhores recordações que relembrei.
Penso que os cheiros que sentimos pela nossa vida fora, apesar de não serem palpáveis, são recordados com grande facilidade pelo nosso cérebro tanto os mais agradáveis como os menos agradáveis.
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"Lembro-me da existência de algumas fábricas, tais como a Cordoaria Nacional, situada na Junqueira, em frente ao belo Chafariz da Junqueira, de onde saíram, durante anos, as cordas, velas, tecidos para a alfaiataria e para Bandeiras da Marinha Portuguesa. O edifício hoje faz parte do Museu da Marinha e a sua construção foi determinada por decreto do Marquês de Pombal e provavelmente o seu traçado terá sido do arquitecto Reinaldo Manuel dos Santos na segunda metade do século XVIII
Estação da CARRIS em Stº Amaro Lisboa
Já perto de Santo Amaro, ainda na Junqueira, estava a fábrica das bolachas “Aliança” e um pouco mais na frente, em Stº Amaro a Fábrica de chocolates “Regina” e que na minha memória olfactiva, ainda resta o aroma de bolacha e chocolate e não o gosto de bolachas e chocolates, porque eram coisas que se comia apenas em alguns dias de festa.
Ainda em Santo Amaro encontra-se ainda hoje, a estação de Stº Amaro onde eram guardados, reparados e até montados os carros eléctricos da Companhia Carris de Lisboa.
Entre o Largo do Calvário e em Alcântara ficava uma fábrica de sabão e uma de adubos. Ao passarmos por esses lugares, todo o cheiro que se tinha sentido nas fábricas das bolachas e dos chocolates era ocupado pelo mau cheiro que essas fábricas exalavam. Estas duas fábricas poluíam bastante o ambiente circundante e certamente terá sido uma das razões pelas quais se deslocaram para fora de Lisboa."

Clementina
Abril/2012
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sexta-feira, 13 de abril de 2012

O meu triciclo azul

Hoje sem querer, voltei à minha infância de quando nas ruas brincava de roda ou de triciclo.

Numa bela tarde de sol de Primavera ou de Verão, não me recordo, andava eu a dar a volta ao bairro, ou seja ao quarteirão, no meu triciclo de banco madeira pintada de azul, que o Menino Jesus me tinha deixado na chaminé, quando eu tinha quatro anos.

Esse triciclo azul que um dia carreguei debaixo do braço, para fugir do polícia que a brincar, me inquiria ao voltar da esquina com sua voz séria de autoridade:

- O que anda a menina a fazer sozinha, a esta hora na rua?

Acho que não voltei mais à rua com esse velocípede, pois não entendi que a pergunta do polícia era de brincadeira. Entrei em casa cansada, ofegante e lavada em lágrimas. O triciclo arrumadinho ficou atrás da porta do quarto do meio, esse triciclo que ainda recordo, nunca mais de lá saiu para brincar na rua.

Mas a brincar de roda ou às escondidas eu continuei com os meninos e meninas da minha idade nos largos passeios de então.

Os passeios largos calcetados de pedra branca eram largos e a estrada de paralelepípedos de basalto preto .Os carros que por lá passavam eram poucos e estacionados menos ainda, lembro-me apenas de quatro carros pertencentes aos vizinhos que tinham negócio próprio.

O do senhor Rogério que tinha uma drogaria, o do senhor Lopes que também era droguista aqui no bairro, o do senhor Mendes que era dono de uma fábrica de fechos de correr e o outro era a furgoneta cinzenta escura, do senhor Varela que para arrancar, o baixinho, subia em cima da manivela que ligava ao motor e com os pés forçava-a para que o motor arrancasse e pudesse então sair e fazer a distribuição e venda dos produtos de mercearia.

O Varela distribuía tudo ou quase tudo que as mercearias então vendiam. Uma das coisas que vendia era a Farinha Amparo, que dava prémios na troca de umas quantas embalagens vazias. Lembro de ter ganho uma boneca de Papelão quase tão grande como eu. Foi a boneca maior que tive e que muito bem a tratei durante vários anos. Lembro-me vagamente do vestido que minha mãe lhe fez, porque eu ainda não sabia como se fazia.

A minha prima Isabel, mais velha do que eu dois anos e muito mais desinibida do que eu, pois eu era muito envergonhada e chorona, deixa eu dizer isso, para que ela não o diga, também teve uma boneca igual à minha.

Ainda me lembro do tanque de lavar roupa, que ficava ao cimo das escadas íngremes de cimento, onde ela um dia decidiu dar banho à boneca. Coitada da boneca só tomou um banho na vida. O cartão inchou e se desfez na água do banho e lá foi ela, desfez-se para nunca mais voltar aos braços da sua amiga e dona que deve ter chorado baba e ranho sem tamanho.

O PRA que terminei ontem, fez-me recordar algumas vivencias desde menina, este texto não fez parte desse PRA, mas estes factos foram nele lembrados também.

Recordar é viver e foi isso que acabei de fazer.

Meu abraço fraterno

Clementina Gaspar

13 de Abril de 2012

Olá


Foto via google


Olá,
Hoje completei mais uma etapa na minha vida.
Não foi começada por iniciativa própria, mas assim mesmo decorreu razoavelmente.
Com alguns altos e baixos e a ajuda das formadoras cheguei ao fim.
Quero agora vir a entender, um dia, quais os ganhos profissionais que irei usufruir.
Até breve

domingo, 1 de abril de 2012

Torta ou Rocambole de Bacalhau

Hoje fiz uma receita de Torta de Bacalhau (Rocambole de Bacalhau) que me acompanha há alguns anos e que faço de longe em longe.
Foi uma receita  que tirei do Programa Mais Você há alguns anos.
Como tinha algumas coisas para preparar hoje, fiz a Torta, que até ficou bonitinha, mas não tirei foto e o site tem lá uma mas está tão sem graça que não a adicionei.
Várias pessoas que provaram pediram a receita, por isso deixo aqui para quem queira experimentar.
Quem não gosta de bacalhau pode fazer com outro peixe, fica bom na mesma.
Já fiz de pescada e fica muito boa também.

Torta de Bacalhau
(Rocambole de Batata e Bacalhau)


http://www.receitas.com/maisvoce/rocambole-de-batata-e-bacalhau-4d5069b052e0b252bc000c67
Ingredientes
Para o rocambole (Torta)
• 250 g de batata inglesa cozida, espremida e quente
• 1 colher (sobremesa) de manteiga
• 2 gemas
• 2 colheres (sopa) de queijo ralado
• 1 pitada de noz-moscada
• 1 colher (sopa) de amido de milho
• 1 colher (sopa) de farinha de trigo
• 1 colher (chá) de fermento em pó
• 1/2 xícara (chá) de leite
• Sal a gosto
• 2 claras em neve
Para o recheio
• 2 dentes de alho amassados
• 1 colher (sopa) de manteiga
• 1 xícara (chá) de leite
• 1 colher (sopa) de farinha de trigo
• 1 gema
• 1 colher (sopa) de molho de tomate (Não usei)
• 250 g de bacalhau demolhado,desfiado grosseiramente
• Cheiro-verde picado a gosto
Para a montagem
• 1 gema misturada com 1 colher (sopa) de azeite
• Queijo parmesão ralado para polvilhar

modo de preparo
Para o rocambole (Torta)
Numa tigela, junte 250 g de batata inglesa cozida, espremida, ainda quente, 1 colher (sobremesa) de manteiga, 2 gemas, 2 colheres (sopa) de queijo ralado, 1 pitada de noz-moscada, 1 colher (sopa) de amido de milho, 1 colher (sopa) de farinha de trigo, 1 colher (chá) de fermento em pó, 1/2 xícara (chá) de leite e sal a gosto.
Misture bem e acrescente 2 claras em neve.Mexa delicadamente para agregar todos os ingredientes.
Leve para assar numa forma rectangular (33 cm x 21 cm x 1,5 cm) forrada com papel-manteiga, untada e polvilhada com farinha de trigo, por 20 min a 180ºC.
Para o recheio
Numa panela, doure o alho na manteiga, acrescente o leite, a farinha de trigo e a gema.
Mexa rapidamente até ferver e engrossar.
Cozinhe em fogo médio por 3 min.
Acrescente 1 colher (sopa) de molho de tomate.
Deixe esfriar.Junte o bacalhau desfiado grosseiramente e o cheiro-verde a gosto.
Para a montagem
Desenforme a massa sobre um pano húmido, espalhe o recheio e com o auxílio do próprio pano enrole o rocambole.
Transfira para um prato de serviço que possa ir ao forno, pincele a mistura de 1 gema com 1 colher (sopa) de azeite, polvilhe queijo parmesão ralado e leve ao forno por 20 min para dourar.


Decore a gosto.



Espero que gostem